AQUILES EMIR
A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) disse nesta sexta-feira (02) que ainda não decidiu se irá ou não disputar a eleição de 2018, como candidata ao Palácio dos Leões. Segundo ela, é muito cedo para tratar dessas questões e precisa levar em conta uma série de questões, inclusive, a idade. A declaração foi dada num almoço por ela organizado na Cabana do Sol (Avenida Litorânea) para comemorar a nova idade (64 anos), embora seu aniversário tenha sido na quinta-feira (1°), do qual participaram familiares e diversas lideranças políticas, mas ela considerou um encontro de amigos “para celebrar a vida”.
Indagada por que então diversos aliados seus, dentre eles o seu irmão Sarney Filho (ministro do Meio Ambiente), se encarregam de propagar essa candidatura, ela disse que deve ser porque todos esperam que o PMDB tenha um candidato a governador e o seu nome sempre é o mais lembrado por já ter exercido o cargo quatro vezes e ter um grande volume de obras espalhadas por todo o Maranhão. Ela disse que, caso não se candidate, o partido encontrará outro nome.
Roseana desconversou quando foi perguntada se indecisão se deve à crise política instalada em Brasília, onde o presidente Michel Temer, que é do seu partido, passa por um momento delicado. “Nós temos que pensar primeiro no Brasil, depois se fala de eleição”. Quando provocada a responder ao comentário feito pelo governador Flávio Dino (PCdoB) de que seria bom se ela participasse da disputa, respondeu com um sorriso e um aceno de negativo cabeça, como se não quisesse manifestar opinião sobre isso.
A ex-governadora também se recusou a estender a resposta para a pergunta sobre como analisa o fato de quase todos os dias ser mencionada pelo governador, em discursos, artigos e, principalmente, pelas redes sociais, direta ou indiretamente. “Meus ouvidos estão tampados para não ouvir o que eu não quero, assim como minha boca não se abre para falar o que eu não devo”. Apesar do assédios de correligionários, que esperavam dela um pronunciamento sobre eleição, pediu para que essa questão seja tratada no momento oportuno.
Repercussão – Mesmo diante da insistência da ex-governadora de que ainda não se definiu quanto à sucessão de Flávio Dino, seus aliados presentes ao almoço faziam questão de afir mar que ela é candidata. O senador João Alberto, que preside o diretório estadual do PMDB, foi claro ao dizer que ela está desconversando, apenas aguardando o momento certo para dizer aos maranhenses que estará de volta ao Palácio dos Leões em 2019, isto é, vai sim disputar o cargo de governador em 2018.
A mesma opinião foi manifestada pelo ex-prefeito de Pinheiro Filuca Mendes e seu filho Vitor Mendes, deputado federal. O parlamentar chegou a dizer que todos esperam por este aceno dela para caírem em campo e montar o seu palanque. Filuca, por sua vez, disse que a grande maioria dos prefeitos, ex-prefeitos e outras lideranças do interior vivem a expectativa de ver Roseana novamente à frente do governo.
Já o ministro Sarney Filho (PV), indagado sobre se a classe política vai receber bem a sua candidatura de senador e a da irmã de governadora, lembrou que no Acre os irmãos Eduardo e Tião Viana, ambos do PT, vêm há anos se revezando no governo e no Senado, sem nenhum problema, ou seja, é perfeitamente adequada a dobradinha que podem fazer. O ministro foi categórico ao afirmar que Roseana é sim candidata, e mais: está convencido de que ela vencerá.
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