A medida é uma última tentativa para alterar os resultados das pesquisas antes de deixar o governo. O ministro Carlos Marun, conhecido por sua defesa ao indefensável quando se trata do governo, já tem o discurso pronto caso a tentativa dê certo, o que é improvável. Diria ele que as medidas do governo estavam surtindo efeito e a população achava que Temer sequer deveria deixar o governo.
Mas enquanto Temer tenta sair do atoleiro da impopularidade, quem paga a conta é o povo. Isso porque para a propaganda que será maciça, em todos os meios de comunicação, com comerciais para TV, rádio, jornais, revistas e internet, Temer retirou R$ 209 milhões que iriam para a saúde, reforma agrária e políticas de combate à violência contra a mulher e repassou os recursos para a Secom pagar a propaganda.
De acordo com levantamento do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), os recursos estavam previstos para serem aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento foi baseado em dados do Planejamento.
De acordo com o deputado, R$ 30 milhões saíram do Sistema Único de Saúde, R$ 25 milhões saíram da política para mulheres, R$ 50 milhões saíram do programa de reforma agrária, do Incra, e R$ 137 milhões, pelo menos, da Aviação e Transporte.
De acordo com o deputado, R$ 30 milhões saíram do Sistema Único de Saúde, R$ 25 milhões saíram da política para mulheres, R$ 50 milhões saíram do programa de reforma agrária, do Incra, e R$ 137 milhões, pelo menos, da Aviação e Transporte.
Há quem defenda que a propaganda é passível de ação na Justiça, pois se trata de propaganda enganosa. O que o governo classifica como “salvação do Brasil” é na realidade um desastre.
“Refém da estratégia do governo comandado pelos interesses do sistema financeiro, o país assiste passivamente à paralisia de suas atividades econômicas e às sucessivas tentativas de implementar a íntegra do projeto da maldade e do desmonte”, afirma Paulo Kliass, doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e especialista em políticas públicas e gestão governamental.
“Assim foi com a Emenda Constitucional 95, que congela as despesas públicas por 20 longos anos. O mesmo se deu com a aprovação da destruição da CLT e dos direitos dos trabalhadores. Essa foi a tentativa de votar a reforma da Previdência. Nada diferente com a entrega da exploração do pré-sal às multinacionais. Caminho idêntico foi o da liberalização da propriedade de terras ao capital estrangeiro. Assim tem sido com as privatizações já realizadas e as encomendadas, como Petrobras e Eletrobras”, completou.
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