Em entrevista ao jornalista Ricardo Rovai, da Revista Fórum, Flávio Dino fez uma análise da atual conjuntura política brasileira, falou sobre sua vitória no Maranhão e defendeu algumas agendas para que o campo progressista saia vitorioso das urnas com Fernando Haddad. Sobre Bolsonaro, o governador lembrou dos tempos em que foram colegas de Congresso e classificou o candidato a presidente como inexpressivo.
“Eu fui deputado federal de 2007 a 2011 e atuei em uma legislatura muito movimentada, com figuras importantes da política brasileira, e o que eu posso dizer do Bolsonaro é que ele era um deputado inexpressivo, do baixíssimo clero do Congresso Nacional”, disparou Dino.
Ele disse ainda não lembrar de Bolsonaro ter participado de algum debate relevante, ter apresentado um projeto de lei, uma ideia, ocupar a tribuna da Câmara durante um debate importante, mesmo na área da segurança pública.
“Eu fui relator de muitas leis modificando o código penal e código de processo penal. Por exemplo a lei que alterou o tribunal do júri, a lei que tipificou organizações criminosas, a lei que tratou da proteção dos juízes, a lei que tratou dos ritos do processo penal visando acelerar a punição de criminosos. Nunca recebi nenhuma sugestão, nenhuma ideia, nada do então deputado Bolsonaro”, afirmou.
Flávio Dino lembrou ainda que, na área da segurança púbica, foi relator da subcomissão de mudanças da legislação penal e processual penal na Câmara e nunca recebeu ideia ou sugestão vinda de Bolsonaro.
“Então realmente é surpreendente que um político com essa trajetória tão precária hoje esteja aí disputando o segundo turno. Claro que nós respeitamos na condição de democrata, eu respeito o voto popular, mas é realmente algo atípico, que um parlamentar que sequer na segurança pública tenha dado qualquer contribuição relevante, hoje fale tanto de segurança pública, por exemplo”, completou Dino sobre Bolsonaro.
Veja a entrevista completa de Flávio Dino:
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